Desafio 5 — “A Carta Que Não Enviei”
Escreve uma carta a alguém (real ou fictício), mas uma carta que nunca chegaste a enviar — por medo, vergonha, amor, orgulho ou qualquer outra razão. Pode ser: · a alguém do passado; · a alguém do presente; · a ti próprio; · a um lugar; · a uma fase da tua vida; · ou até a algo abstrato. O objetivo é trabalhar: · introspeção profunda, · subtexto emocional, · voz íntima, · e a tensão entre o que se diz e o que se esconde. Limite: 400 palavras. Tom livre: realista, poético, metafórico ou híbrido. Ainda se escrevem cartas? Imagino o teu revirar de olhos. A deitar a carta na lareira ou no caixote do lixo mais próximo, sem abrir. Palavras ficaram por dizer. Minhas e tuas. Vejo o teu ar de enfado. E, ainda assim, não sei bem por onde começar. Consigo vislumbrar o teu abanar de cabeça, o contrair de corpo. Previsível, nesse teatro tão teu. A etiqueta exige que pergunte por ti. Essa linha,...